A denominação Patologia Dual usa-se quando está presente no mesmo doente de pelo menos uma adição e pelo menos outra patologia psiquiátrica. A adição pode ser a álcool, cannabis, opiáceos, cocaína, substâncias sintéticas, fármacos, ou não ter substância como jogo, internet, compras ou sexo. Muitas vezes estão presentes várias adições simultaneamente. A doença psiquiátrica pode ser doença afetiva (depressão ou doença bipolar), psicose (esquizofrenia, psicose por consumo de substâncias, outras psicoses), perturbações de personalidade, perturbação de hiperatividade e défice de atenção ou associação de quadros psicopatológicos.
Os doentes com patologia dual são mais difíceis de tratar do que os que têm só adição ou só doença psiquiátrica, têm uma evolução mais difícil com muitas recaídas, têm dificuldade de aderir aos planos terapêuticos, abandonam frequentemente a medicação e consultas, tem problemas familiares, sociais e laborais graves. Frequentemente apresentam quadros de agressividade e violência, bem como perigosidade quando estão descompensados e têm problemas legais.
O tratamento destes doentes deve ser feito em unidades psiquiátricas especializadas, por equipas multidisciplinares treinadas, utilizando todos os recursos psicofarmacológicos, psicoterapêuticos e de reinserção social disponíveis.
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